No filme das paredes de vento
Cenas que o tempo reteve
Uma bola
Uma mão
Um rabisco
Um nome escrito em giz
Roda inteira a história gris
Eu sou assim
terça-feira, 30 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
TOQUE DE CARRILHÕES
A manhã adormece o sol.
No beiral fundo do mundo
Rouxinol acalanta o ninho,
Trança de corda e espinho,
Escondido no ramo vazio
De caladas rosas, só rosas.
Sozinho voa o pássaro
Das asas abertas na rua.
Ícaro se faz sonho escorrido
Nas violas desacordoadas
De notas perdidas na aragem.
A imagem de luz desaparece,
Além da vida, as Três Marias
Sopram forte o vento do norte
Sozinho canta o pássaro
Das asas despidas de lua.
A roupagem da ave canora
Seduz na cor da folha ausente,
O trinado afina, ressente dor.
Criança ergue o véu e chora.
Na esquina a piorra balança
É hora de sombras vazias
Sozinho está o pássaro
De asas partidas e nuas.
No beiral fundo do mundo
Rouxinol acalanta o ninho,
Trança de corda e espinho,
Escondido no ramo vazio
De caladas rosas, só rosas.
Sozinho voa o pássaro
Das asas abertas na rua.
Ícaro se faz sonho escorrido
Nas violas desacordoadas
De notas perdidas na aragem.
A imagem de luz desaparece,
Além da vida, as Três Marias
Sopram forte o vento do norte
Sozinho canta o pássaro
Das asas despidas de lua.
A roupagem da ave canora
Seduz na cor da folha ausente,
O trinado afina, ressente dor.
Criança ergue o véu e chora.
Na esquina a piorra balança
É hora de sombras vazias
Sozinho está o pássaro
De asas partidas e nuas.
domingo, 28 de outubro de 2007
RONDÓ DE VIOLINOS
Vento na noite, balsa no mar
Não respira mundo triste
Dança a sombra no ar
Escuridão na alma desiste
Rodopia orquestra na mente
Valsa a valsa no botequim
Criança na roda semente
Lembranças de bandolim
Rondó de nunca mais
Não respira mundo triste
Dança a sombra no ar
Escuridão na alma desiste
Rodopia orquestra na mente
Valsa a valsa no botequim
Criança na roda semente
Lembranças de bandolim
Rondó de nunca mais
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
NOTA DE VIOLA
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
PASSAGEM
A esquina vazia do velho realejo
Vejo nos olhos do antigo menino.
Então afino o som da saudade
Na idade do banco da praça
Que abraça o próprio mundo
No fundo tão só e apenas
As penas de quem envelheceu.
Vejo nos olhos do antigo menino.
Então afino o som da saudade
Na idade do banco da praça
Que abraça o próprio mundo
No fundo tão só e apenas
As penas de quem envelheceu.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
PRELÚDIO
No espaço da noite os passos
Da hora que se nega ir embora
Assola lento o tempo aflito
O grito de vento d’alma
Calma, que’inda chora
Os traços de idos abraços
Argamassa, no peito amassa
Desfeito leito em pedaços de você
Da hora que se nega ir embora
Assola lento o tempo aflito
O grito de vento d’alma
Calma, que’inda chora
Os traços de idos abraços
Argamassa, no peito amassa
Desfeito leito em pedaços de você
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