A manhã adormece o sol.
No beiral fundo do mundo
Rouxinol acalanta o ninho,
Trança de corda e espinho,
Escondido no ramo vazio
De caladas rosas, só rosas.
Sozinho voa o pássaro
Das asas abertas na rua.
Ícaro se faz sonho escorrido
Nas violas desacordoadas
De notas perdidas na aragem.
A imagem de luz desaparece,
Além da vida, as Três Marias
Sopram forte o vento do norte
Sozinho canta o pássaro
Das asas despidas de lua.
A roupagem da ave canora
Seduz na cor da folha ausente,
O trinado afina, ressente dor.
Criança ergue o véu e chora.
Na esquina a piorra balança
É hora de sombras vazias
Sozinho está o pássaro
De asas partidas e nuas.
No beiral fundo do mundo
Rouxinol acalanta o ninho,
Trança de corda e espinho,
Escondido no ramo vazio
De caladas rosas, só rosas.
Sozinho voa o pássaro
Das asas abertas na rua.
Ícaro se faz sonho escorrido
Nas violas desacordoadas
De notas perdidas na aragem.
A imagem de luz desaparece,
Além da vida, as Três Marias
Sopram forte o vento do norte
Sozinho canta o pássaro
Das asas despidas de lua.
A roupagem da ave canora
Seduz na cor da folha ausente,
O trinado afina, ressente dor.
Criança ergue o véu e chora.
Na esquina a piorra balança
É hora de sombras vazias
Sozinho está o pássaro
De asas partidas e nuas.
2 comentários:
Lindo demais.
aliás, Marilene é sinônimo de PURA EMOÇÃO E SENTIMENTOS. Amo muito vc. Sua filha Maíra
Lindo poema.
Gostei muito do que escreve aqui. Profundo, me fez refletir.
Abraço
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